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Segunda-feira, 21 de Abril de 2025
Resident Evil 7: A Reinvenção que Dividiu os Fãs

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Resident Evil 7: A Reinvenção que Dividiu os Fãs

Ousado e imersivo, Resident Evil 7 resgatou o terror, mas sua nova perspectiva e mudanças na franquia geraram debates acalorados.

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Quando foi lançado em 2017, Resident Evil 7: Biohazard marcou um novo capítulo na icônica franquia de survival horror da Capcom. O título rompeu paradigmas ao adotar a perspectiva em primeira pessoa, resgatando elementos de terror que haviam sido deixados de lado em jogos anteriores. No entanto, apesar da aclamação crítica e comercial, sua abordagem dividiu opiniões entre os fãs, gerando debates sobre o impacto dessa mudança na identidade da série.

Uma Mudança Necessária ou um Desvio Arriscado?

A decisão de abandonar a tradicional câmera em terceira pessoa, que havia sido um marco na franquia, foi vista por muitos como uma revolução necessária. O horror opressivo da casa dos Baker, o uso limitado de recursos e a narrativa intimista trouxeram de volta a essência do terror de sobrevivência, remetendo aos primeiros jogos da série.

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Entretanto, a ausência de personagens icônicos como Leon S. Kennedy e Jill Valentine, assim como a falta dos clássicos zumbis, gerou descontentamento entre os fãs mais tradicionais. Ethan Winters, protagonista inédito, foi criticado por sua falta de conexão com a mitologia estabelecida da franquia até então, enquanto a abordagem da narrativa parecia inicialmente desconectada da trama envolvendo a Umbrella Corporation e seus experimentos biológicos.

Inovação e Imersão: Os Pontos Fortes

Apesar das críticas, Resident Evil 7 brilhou ao redefinir a experiência de horror dentro da franquia. A Capcom apostou alto na imersão, utilizando o RE Engine para criar gráficos fotorrealistas, aliados a um design de som meticulosamente planejado para intensificar a atmosfera de medo. A compatibilidade com realidade virtual elevou ainda mais o nível de tensão, colocando os jogadores no coração do pesadelo.

A direção de Koshi Nakanishi foi fundamental para capturar o sentimento de vulnerabilidade e terror psicológico, elementos que haviam se perdido nos títulos mais voltados para a ação, como Resident Evil 6. O retorno ao gerenciamento estratégico de recursos e a progressão cuidadosa do jogador dentro de um ambiente claustrofóbico reforçaram as raízes do survival horror.

O Impacto e o Legado

Com mais de 14 milhões de cópias vendidas até novembro de 2024, Resident Evil 7 provou ser um sucesso comercial e crítico. Mais do que revitalizar a franquia, ele estabeleceu um novo padrão para os futuros lançamentos. O jogo serviu de base para o desenvolvimento de Resident Evil 2 Remake e Resident Evil Village, garantindo a continuidade da série em um equilíbrio entre nostalgia e inovação.

O título também pavimentou o caminho para conexões futuras com o universo estabelecido da franquia. A inclusão de Chris Redfield no desfecho do jogo e a revelação do envolvimento da Umbrella nos eventos reforçaram os laços com a mitologia clássica de Resident Evil.

Um Jogo Revolucionário que Desafia Expectativas

As mudanças introduzidas por Resident Evil 7 podem ter sido controversas, mas sua influência no gênero de horror e na própria franquia é inegável. Assim como Resident Evil 4 redefiniu a jogabilidade com sua câmera sobre o ombro, Resident Evil 7 demonstrou que a perspectiva em primeira pessoa poderia ser uma ferramenta poderosa para intensificar o terror.

Embora tenha enfrentado resistência inicial, o jogo se consolidou como um dos mais importantes da série, provando que evoluir e inovar é essencial para a longevidade de qualquer franquia. No final, Resident Evil 7 não apenas manteve viva a essência do horror, mas também garantiu que a série continuasse relevante para uma nova geração de jogadores.

E você, o que achou da transformação que Resident Evil 7 trouxe para a franquia? Compartilhe sua opinião!

 

Comentários:
Lucas Silva

Publicado por:

Lucas Silva

Desde cedo, trocou os brinquedos por revistas da Wizard, episódios de Dragon Ball Z e noites em claro explorando mundos digitais de Final Fantasy e The Legend of Zelda.

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